terça-feira, 26 de outubro de 2010

Imagens, sons, diálogos e uma Diretora em êxtase

Verdade seja dita, esse êxtase, até que é bom , e não é o comprimidinho azul que rola nas raves.
Esse êxtase é fruto de anos de uma ideia que que toma forma.
Esse êxtase vem do trabalho de um monte de abnegados que tambem compraram o êxtase alheio e se enchem de paixão pelo amor novo, pelo sonho do curso, pelo prazer enebriante de fazer filmes, em que depois da dor, do cansaço, do esforço, ao terminarmos, sempre ouvimos um dizer : - E agora , vamos filmar o que ?
Eu mesmo já disse isso lá no distante segundo período, ao fim de um set, e hoje, elevada ao status de folclore na UNA, sempre tem um que repete a frase louca.
Esse êxtase que moveu Meliés que trouxemos pra perto de nós com as trucagens, o êxtase da beleza das luzes teatrais se mesclando com a sétima arte, o êxtase do som bem gravado e do CORTA, VALEU!!! , que tem hora que quase vira um orgasmo.
Essa louca paixão que nos move, exulta a diretora, motiva a arte, atiça a produção, exige do fotógrafo, grava em fita, acende o video assiste, queima o fresnell e encanta quem assiste.
O êxtase da criação que deponta do pequeno LCD, que testemunha um Zé novinho que nasce na frente de uma lente insípida e ignorante, presa a uma maravilhosa maquininha preta que tem uma alça, botoesinhos, e é produzida aos milhares, insensível, burra, e alheia do tamanho das maravilhas que é capaz de produzir e proporcionar a um monte de gente que respira uma arte que inebria, move, exulta, que atiça, que exige, que encanta até nos levar ao extase, ou o "arrebatamento do espirito" segundo o dicionário.
Se os jornais se esquecem de noticiar o mais importante que é a vida, aqui é de nossas vidas que sai o mais importante.

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