quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Novos Rumos - Reta Final!

Novos Rumos: Depois de três semanas ensaiando sem um protagonista, apresento o novo ator que fará o Zé da Silva: Cláudio Márcio, o Claudinho. Depois de muita tentativa em trabalhar com o Toninho, tivemos que agradecer sua disponibilidade (pouca) para o trabalho e correr em busca de um novo ator. Tentamos também com Glicério Rosário, outro ator que admiro e que teria o perfil do nosso herói. Porém, suas datas de trabalho também coincidiram com nossas filmagens.

Nesses primeiros ensaios, Eu cumpri com a atuação de Zé, ou melhor, com sua mice-in-scene e com seu texto, para, pelo menos, ajudar os outros dois atores e adiantar o processo de marcação das cenas e definição de melhores enquadramentos. Mas ficou impossível dirigir e atuar ao mesmo tempo; e não dá havia mais tempo de ensaiar sem o personagem principal. Então, pedi a toda equipe que firmasse bons fluídos pra gente conseguir nosso protagonista, e rápido. Foi quando convidei para o trabalho o Claudinho, que desde o primeiro momento (da saída do ator original, Glauco Mattos) vinha à minha mente como um sinal de que seria ele o nosso Zé da Silva. Dito e feito: com o convite aceito, já nos encontramos no Cine Horto para os ensaios; eu, Poly, Claudinho e Euber. Neste dia, estavam presentes Nanda Figueiredo (direção de arte) e Xandão, seu namorado e parceiro.

Cheguei atrasada, uma pena, porque os atores já estavam se jogando no exercício de respiração em busca dos personagens e de situações comuns a eles. Vale!

Propus duas leituras do roteiro, que agora está mais resumido, menos “viajado”, chegando ao seu 13º tratamento. A metalinguagem está sendo assumida com mais clareza e menos devaneios. Por exemplo, há uma mudança importantíssima: “no hay banda!” Literalmente, não haverá mais a “estranha banda de anjos do purgatório” com os climas de David Linch. E nem a invasão de músicos nas cenas, como acontece nos filmes de Kusturica. Para isso ficar bom mesmo, precisamos de tempo e muito ensaio. Chora coração; a banda “subiu pro telhado”. Nelma e Sávio (meus coordenadores), agradeçam a Fabiano Leite por isso, amigo e montador deste filme. Ele me alertou para o fato de termos pouco tempo para montagem, linguagem pouco desenvolvida para a entrada da banda no contexto e muito material para editar no prazo que temos. Optar pelo simples e usar o que temos; com a música do Eddie (“Eu to cansado dessa merda”) e de Noel Rosa (“Filosofia”). Já temos uma trilha sonora suficiente para um curta-metragem. E músicas muitas boas e contundentes com o tema do sensacionalismo, da banalidade da violência, da apatia com a vida, da existência humana!

Um comentário:

  1. pra mim, foi como um presente, e essas coisas sempre acontecem: coicidencias ou não ai vai...
    trabalho como professor na Apae de Santa Luzia e nas ultimas semanas antes do zé, criamos um filme curto curtissimo que se chama "seu zé da Ferreira, uma semana antes de ser convidado está pensando..."queria muito fazer algo de cinema" mas nada acontecia até que o "Zé da Silva bateu lá em casa e me pediu em casamento, aceitei.
    por: Cláudio Márcio

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